CINE GEMINI
INÁCIO ARAUJO
O Gemini já foi um cinema de ponta em São Paulo.
Agora é mais da ponta de trás. A gente vai lá e senta nas velhas poltronas, e fica perguntando como é que, noutros tempos, a gente via os filmes nessas poltronas e ainda achava muito bom.
Hoje o Gemini é o único cinema de segunda linha que eu conheço freqüentável.
Claro, o Paulinho, perfeccionista da projeção, terá chiliques lá dentro. Já eu até gosto dessa luminosidade incerta.
Acho que muita gente. Outro dia vi um filme lá e estava mais cheio que a maior parte dos cinemas.
A melhor parte. Eles tratam a gente bem. Dão uma paçoca da bombonière antes de entrar na sala. Nunca vi isso antes.
E outra: quando a gente compra o ingresso, por R$ 12,00, eles oferecem um outro, para outra sessão, por R$ 3,00.
Como lá há vários filmes que merecem ser vistos ou revistos (estão passando agora o Paul Verhoeven), me parece uma coisa ótima, que merece ser espalhada.
INÁCIO ARAUJO
O Gemini já foi um cinema de ponta em São Paulo.
Agora é mais da ponta de trás. A gente vai lá e senta nas velhas poltronas, e fica perguntando como é que, noutros tempos, a gente via os filmes nessas poltronas e ainda achava muito bom.
Hoje o Gemini é o único cinema de segunda linha que eu conheço freqüentável.
Claro, o Paulinho, perfeccionista da projeção, terá chiliques lá dentro. Já eu até gosto dessa luminosidade incerta.
Acho que muita gente. Outro dia vi um filme lá e estava mais cheio que a maior parte dos cinemas.
A melhor parte. Eles tratam a gente bem. Dão uma paçoca da bombonière antes de entrar na sala. Nunca vi isso antes.
E outra: quando a gente compra o ingresso, por R$ 12,00, eles oferecem um outro, para outra sessão, por R$ 3,00.
Como lá há vários filmes que merecem ser vistos ou revistos (estão passando agora o Paul Verhoeven), me parece uma coisa ótima, que merece ser espalhada.
7 Comments:
Da última vez que fui lá, assistir aos filmes do Lelouch, também tive a mesma sensação. É o último dos últimos. Aquelas escadas, aquela decoração. Tudo tem um cheiro tão forte de nostalgia que eu só consegui pensar em uma coisa: isso aqui não pode fechar nunca.
By Wolf, at 1:44 PM
Inácio, na verdade, tenho gostado à beça de assistir a filmes lá. Tive um dos maiores prazeres do ano vendo o "O Sobrevivente" do Herzog lá, aquele filme com jeito anos 80 numa sala anos 80, mas que por algum motivo louco eu gosto pacas. O som é uma bosta (pior que a projeção, que sibila mas é honesta). Inegavelmente melhor que o HSBC, por exemplo. Portanto, tive chiliques, sim, mas por motivos nobres e afetuosos.
By Anonymous, at 6:23 PM
É um dos melhores cinemas de São Paulo. Gosto para caramba de lá.
By Gabriel Carneiro, at 4:36 PM
Já me deixaram até entrar com o "bilhete extra" vencido...
Que esse simpático dinossauro sobreviva aos avassaladores multiplex!
Quanto ao HSBC, como pode um cinema "novo" daqueles ainda ter tantos problemas???
By Anonymous, at 11:02 AM
Carlos, creio porque deram apenas um banho de loja no Belas Artes, recondicionaram os projetores, deram uma guaribada no sistema de áudio. A minha dúvida é se o Belas Artes já era assim antes e nos tornamos mais exigentes. Assisti a "Apocalypse Now", "Full Metal Jacket", "Nouvelle Vague, "Tiros na Broadway" etc achando tudo muito bom. Outros tempos?
By Anonymous, at 8:04 PM
A grande vantagem das modernas plex da vida é que se virarem igreja serão pequenininhas, bem pequenininhas...
By Anonymous, at 6:40 AM
Inácio,
como te disse, escrevi um post no blog sobre o Gemini no ano passado, após uma sessão de "Possuídos", do Friedkin. Se puder, dê uma olhada lá. O link vai a seguir.
Abração.
http://ilustradanocinema.folha.blog.uol.com.br/arch2007-09-02_2007-09-08.html#2007_09-03_08_41_53-11204329-28
By Anonymous, at 10:09 AM
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