BERGMAN
INÁCIO ARAUJO
As atrizes são um caso à parte no mundo de Bergman. A Liv Ullman, certamente.
Mas, e Harriet Andersson?
Era gordinha e iluminada. Bergman diz que toda a equipe, não apenas ele, mas toda a equipe se apaixonou por ela. Eva Dahlbeck me parece menos marcante.
E Ingrid Thulin e Bibi Anderson, de "Morangos Silvestres"?
E Gunnel Lindblom? Por essa eu me apaixonei quando assisti "Persona", ou terá sido "O Silêncio"?
Alguém, teria sido o André Settaro?, escreveu que essa geração de diretores nos ensinou que o cinema podia ser uma arte, e não apenas uma diversão, o que é verdade.
Eles nos ensinaram isso, embora o cinema já fosse, sem que tivéssemos notado, essa arte. Mas eu comecei a admirar o cinema por eles.
Bergman tinha o dom de fotografar rostos, mais que rostos, os poros dos rostos, suas saliências, a beleza deles era sempre difícil, tortuosa.
Às vezes me parecia meio enfadonho. Parei de ver seus filmes a horas tantas. Daí, numa Mostra, peguei só o final do Sarabanda e, caramba, há um mundo de diferença quando ele ou um Antonioni filma.
INÁCIO ARAUJO
As atrizes são um caso à parte no mundo de Bergman. A Liv Ullman, certamente.
Mas, e Harriet Andersson?
Era gordinha e iluminada. Bergman diz que toda a equipe, não apenas ele, mas toda a equipe se apaixonou por ela. Eva Dahlbeck me parece menos marcante.
E Ingrid Thulin e Bibi Anderson, de "Morangos Silvestres"?
E Gunnel Lindblom? Por essa eu me apaixonei quando assisti "Persona", ou terá sido "O Silêncio"?
Alguém, teria sido o André Settaro?, escreveu que essa geração de diretores nos ensinou que o cinema podia ser uma arte, e não apenas uma diversão, o que é verdade.
Eles nos ensinaram isso, embora o cinema já fosse, sem que tivéssemos notado, essa arte. Mas eu comecei a admirar o cinema por eles.
Bergman tinha o dom de fotografar rostos, mais que rostos, os poros dos rostos, suas saliências, a beleza deles era sempre difícil, tortuosa.
Às vezes me parecia meio enfadonho. Parei de ver seus filmes a horas tantas. Daí, numa Mostra, peguei só o final do Sarabanda e, caramba, há um mundo de diferença quando ele ou um Antonioni filma.
6 Comments:
Fala do Antonioni, Inácio. Aquela tua explicação após a exibição do A Noite foi muito boa.
By Anonymous, at 2:41 PM
O Antonioni vem aí.
O que quero dizer é o seguinte: acho que errar no português acontece, mas esse "há horas tantas" que eu escrevi aí me deixou atordoado.
leia-se, é claro, "a horas tantas".
By Anonymous, at 3:01 PM
Inácio,
o rosto de Harriet Henderson, tomado pela dor em "Gritos e Sussurros" é uma das imagens mais impactantes que já vi em qualquer filme... difícil de esquecer...
Será que Bergman conseguiu consolar a moça depois de tanto sofrimento?
Abraços,
Carlos
By Anonymous, at 4:51 PM
Digo, Harriet Andersson.
By Anonymous, at 4:54 PM
Concorco: a Harriet Andersson, em Gritos e Sussurros, é um negócio avassalador. fiquei impressionado.
e, inácio, realmente: com Bergman e Antonioni, sabemos não só que o cinema não está para brincadeira como também é capaz de dar sacudidas daquelas na gente.
By Anonymous, at 9:23 AM
Caro Inácio,
Obrigado pelo que me toca. Uma atriz bergmaniana de grande sensualidade, mas pouco falada, pouco conhecida, é Gunnel Lindblom, que você citou. Carnuda, mulher de imensa sensualidade, trabalhou ao lado de outra diva, a Ingrid Thulin, em 'O silêncio'. Já 'Persona' se 'tranca' em torno de Bibi Andersson e Liv Ullmann. Em termos 'mulherísticos', e não cinematográficos, bem entendido, fico com Gunnel Lindblom e Thulin, que mulheres! E saber que Bergman as 'conheceu' todas, que frustração para o homem comum!
By André Setaro, at 1:38 PM
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